sexta-feira, 15 de maio de 2009

Auto retrato: um Sopro de Vida



A mais velha de três irmãs, nasceu e cresceu em Poá cidade que se fez nos caminhos do Rio Tietê. Foi parar na faculdade por alguma insistência e na pedagogia por pura contingência - queria mesmo era estudar filosofia. Ou letras. Não trai suas ações com arrependimentos. Descobriu que não precisava de pedigree nem de permissão para estudar filosofia. Começou a xeretar. Acha absurda a fidelidade que as palavras concedem a ela – certo absurdo que é irmão de certo espanto e de um certo encanto. Tem alguns defeitos, fala demais e, em geral, vive sempre descontente com aquilo que diz – Falei demais. Que droga! De novo! Vem exercitando a escuta e o silêncio, e escolhendo melhor as guerras que quer entrar e as lutas que quer travar. Foi mãe com 21 anos. Pedro foi o nome escolhido. Vive agora o ano derradeiro a espera dos trinta. Saiu da Universidade há 8 anos – pretende voltar, mas morre de preguiça. Já trabalhou em lugares bem diferentes: shopping centers, auto-elétricos, consultórios dentários e uma ONG. Teve um notável progresso na instituição que lhe ofereceu a primeira oportunidade de trabalhar nos territórios da educação – de estagiária fotocopiadigitadora já marca suas próprias reuniões (sete anos é o tempo se que passou desde o dia em que apareci numa reunião no Cenpec sem ser convidada). Nesta história tentou não plantar cinismo nem ingratidão. Acha que agora é um momento de mudança, a vida apenas segue, do jeito que ela é. Ah, e vocês conhecem essa danadinha – a vida é mesmo fogo!

Jogo rápido: Vida que emprestaria para si: Sherazade. Um trecho: é impossível ser feliz sozinho. Um sonho: dormir nos olhos de uma criança. A mais bela tradução que faz de si mesma: Com Licença Poética, de Adélia Prado.

2 comentários:

  1. Oi aline!
    Fiquei feliz que vc tenha tido vontade de compartilhar as coisas que escreve! Adoro ler, sempre supreendo-me com a maneira que vc combina palavrara e ideias!
    bjs
    fefa

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  2. Encantadora sua coerência de si consigo. ENCANTADA! Não leio seus textos. O caminho dos meus olhos pelo seu texto são acompanhados pela sua voz que os lê pra mim. Beijos, Maju.

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